sábado, 20 de novembro de 2010

Projeto:A cultura negra no espaço escolar.

            C.M.E.F. “Professora Adalgisa Lima da Silva.”                                            
            Aragarças-Go                                                                                                                    
            Público Alvo: 1º Ano Turno Vespertino       
            Executora: Karla Daniela      
                                                          
                                             Projeto: A cultura negra no espaço escolar.
Introdução
            Na modernidade o foco é estabelecer uma harmonia na sociedade por meio da alteridade.  Acreditando que com discussões bem elaborados e ações voltadas para o contato com a cultura negra, seja possível abrandar os conflitos sociais e combater o preconceito racial que existe, sim, na escola. Está nas mãos do professor, o sucesso dessas crianças, negras e brancas, como alunas e cidadãs de um país democrático em que a liberdade de expressão é uma conquista reinante apenas para quem dela faz uso.
Justificativa
            A história de vida de cada pessoa faz parte da cultura de um país. Cabe a escola fortalecer a relação de alteridade entre os indivíduos que a frequentam e ampliar os padrões de beleza desmistificando um estereótipo aculturado de forma preconceituosa e elitizada. Dessa forma, o projeto: A cultura negra no espaço escolar, prima um convívio harmônico de culturas e opções culturais por meio das histórias africanas.
Objetivo Geral
            Trabalhar o respeito à diversidade cultural na escola, para que o outro seja visto como pessoa. Pessoa que tem uma identidade própria, que tem valores e sentimentos como todos os outros, independente de suas características físicas e condição social.
Objetivos Específicos.
Ø  Reconhece-se como negro/a;
Ø  Respeitar as diferenças;
Ø  Valoriza/gosta de seus traços fisionômicos, cabelo, etc. ligados à sua origem;
Ø  Identifica-se com negros/as dos mais diversos tipos;
Ø  Ter prazer de brincar com bonecas/os negros/as;
Ø  Buscar heróis/heroínas, ídolos negros/as; e,
Ø  Combater na escola preconceitos e estereótipos enraizados pelo pensamento europeu.
Ø  Conhecer a lei nº 10.639, que rege a obrigatoriedade do ensino de história da África e da cultura afro-brasileira em todas as escolas de Ensino Fundamental e Médio.
Ø  Estabelecer uma roda de conversas tendo como foco: Xingamentos, desrespeitos e discriminações, experiências vividas por todos.
Ø  Enfocar as contribuições dos africanos para o desenvolvimento da humanidade e as figuras ilustres que se destacaram nas lutas em favor do povo negro.
Ø   Perceber que a questão racial é assunto de todos e deve ser conduzida para a reeducação das relações entre descendentes de africanos, de europeus e de outros povos.
Ø   Reconhecer a existência do racismo no Brasil e a necessidade de valorização e respeito aos negros e à cultura africana.

Reflexão
            “Os negros alcançaram importantes conquistas sociais e somente agora há sinais concretos de mudanças para o futuro nas relações inter-raciais. Primeiro foram os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), que orientam a promoção da igualdade em um dos temas transversais, Pluralidade Cultural. Mas um passo muito maior e mais significativo para o ensino foi dado com a Lei no 10.639. "A legislação rompe com a ordem dos currículos ao propor um novo conhecimento científico contrário à superioridade da produção cultural europeia", afirma Eliane Cavalleiro, pedagoga e coordenadora-geral de Diversidade e Inclusão Educacional do Ministério da Educação (MEC). Ou seja, o mundo não se resume às conquistas e derrotas do continente europeu.
            O documento determina que a história da África seja tratada em perspectiva positiva, não privilegiando somente as denúncias da miséria que atinge o continente. A importância dos anciãos na preservação da memória e a religiosidade, por exemplo, passam a fazer parte dos conteúdos, assim como o conhecimento da contribuição dos egípcios para o desenvolvimento da humanidade. As marcas da cultura de raiz africana devem ser ressaltadas particularmente em Artes, Literatura e História do Brasil. E mais. Os professores precisam valorizar a identidade negra e sererem capacitados para destruir o mito da democracia racial no Brasil, criado durante o regime militar (1964-1985).
            O trabalho de educação anti-racista deve começar cedo. Na Educação Infantil, o primeiro desafio é o entendimento da identidade. A criança negra precisa se ver como negra, aprender a respeitar a imagem que tem de si e ter modelos que confirmem essa expectativa. Por isso, deve ser cuidadosa a seleção de livros didáticos e de literatura que tenham famílias negras bem-sucedidas, por exemplo, e heróis e heroínas negras. Se a linguagem do corpo é especialmente destacada nas séries iniciais, por que não apresentar danças africanas, jogos como capoeira, e músicas, como samba e maracatu?”
 Metodologias
            Conversas informais, A Hora do conto: histórias africanas ( O cabelo de Lelê de Valéria Belém , Conto da Guiné Bissau, As Tranças de Bintou de Sylviane A. Diouf, Seis pequenos contos africanos de Raul Lody, Na venda de Vera de Hebe Coimbra), ilustração de histórias, debates, exposição do quadro de conquistas africanas, interação com a cultura negra, mães afro-descendentes fazer penteados africanos nas meninas da sala, promover um desfile de penteados, confecção de cartazes, assistir ao filme: Kirikou e estabelecer uma roda de comentários.
Cronograma
Quatro dias.
Avaliação
            Contemplará o envolvimento e a participação das crianças nas ações a serem desenvolvidas.
Recursos
            Papéis diversos, baner, livros de literatura africana, pente, grampos, e ligas, material escolar, aparelho DVD, DVD Kirikou, televisor, aparelho de som, CD, cartazes, atividades impressas, etc.